À semelhança da Guiné-Bissau, também S. Tomé e Príncipe passou a contar, desde o início do ano de 2003, com o funcionamento experimental de um Centro de Intercâmbio Teatral. A Direcção Geral da Cultura comprometeu-se a ceder instalações da Casa da Cultura ao CIT, situada num edifício recuperado no centro da cidade de S. Tomé, logo que este entre em funcionamento efectivo.
Nesta rede de cooperação, a Secretaria da Juventude e Desportos associou-se à Cena Lusófona e disponibilizou provisoriamente o auditório do Centro de Juventude, na Achada de Santo António, para funcionar como sala de ensaios e espectáculos do grupo Cena Só, que também se constituiu parceiro da iniciativa. A primeira iniciativa foi uma Oficina do Actor, ainda em 2003, dirigida por Rogério de Carvalho, da qual resultou “Pedro Andrade, a Tartaruga e o Gigante”, espectáculo estreado na Estação da Cena Lusófona. A acompanhar a oferta de uma pequena biblioteca de teatro, Jorge Manuel Pais de Sousa, responsável pelo CDI da Cena Lusófona, dirigiu um curso de Iniciação à Biblioteca e ao Arquivo.
Em Agosto de 2004, dado o atraso da entrada em funcionamento da Casa da Cultura, a Direcção Geral de Cultura de S. Tomé e Príncipe cedeu, a título provisório, parte das instalações do seu Centro de Promoção das Artes do Espectáculo para cediar o CIT-S. Tomé. A inauguração ocorreu durante o Festival Gravana com a presença, entre outras individualidades, da directora da Direcção Geral de Cultura e do Ministro da Educação e Cultura.
No decurso do Festival Gravana, o CIT acolheu uma Oficina de Commedia Dell’Arte, dirigida por Filipe Crawford, para actores de teatro, prestou apoio técnico à terceira edição do festival e realizou uma conferência sobre o espaço cénico por J. A. Bandeirinha (ver mais informação no Circuito Teatral Lusófono).
O CIT tem-se constituído como ponto de encontro dos agentes teatrais locais onde, amiúde, recorrem aos recursos disponibilizados para a montagem e elaboração dos seus espectáculos. A biblioteca enquanto fornecedora de textos teatrais e o material técnico de iluminação do CIT têm-se mostrado fundamentais para o trabalho dos grupos teatrais locais. |
|