A Cena Lusófona estabeleceu em 2002 uma parceria com a Acção para o Desenvolvimento (AD), uma ONG sedeada no Bairro do Quelélé, em Bissau, o que possibilitou, desde logo, a abertura de uma sala de ensaios e de apresentação de espectáculos para os grupos da capital guineense. Desde o início de 2003, os agentes teatrais passaram também a ter ao seu dispor uma biblioteca teatral e um espaço de encontro e debate com ligação à internet e acesso ao acervo do CDI da Cena Lusófona. Com estes dois pequenos passos foram criadas as condições, ainda que provisórias, para a entrada em funcionamento do Centro de Intercâmbio Teatral. O Centro abriu com a organização de uma oficina técnica de iluminação, orientada pelo moçambicano Elias Macovela, em 2003. Ainda nesse ano, Andrzej Kowalski orientou uma Oficina do Actor da qual resultou um espectáculo em co-produção com “Os Fidalgos”, que estreou em Dezembro na Estação da Cena Lusófona, em Coimbra.
O apoio à constituição e consolidação do grupo “Os Fidalgos”, hoje o principal parceiro da iniciativa, iniciou-se em 2002 e originou já três co-produções: O Lutador (2002), Makbunhe (2003) e Mistida (2004). O grupo tem sido o principal agente executivo da animação do CIT-Bissau.
Em 2004 prosseguiu o programa de beneficiações do Centro Cultural da AD, principal sala de trabalho do CIT-Bissau, com a introdução de plataformas amovíveis. Para além de flexibilizar o trabalho no Centro, estas plataformas possibilitam a montagem fácil de palcos no exterior, acompanhando a vontade dos animadores do CIT-Bissau de alargar a acção teatral a outras localidades da Guiné-Bissau. Estão neste caso as cidades de Bafatá e Gabu, onde já se realizaram acções. Existem ainda planos para uma extensão a S. Domingos (no norte do país).
Através da Cena Lusófona, A. Kowalski continuou em 2004 o acompanhamento artístico do trabalho de “Os Fidalgos” (iniciado em 2002).
Uma nova oficina realizada no final de Outubro permitiu a remontagem de “O Lutador” e a conclusão do processo de montagem de Mistida. |
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