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A menina que foi avó

"O futuro provoca-me apreensão, penso na minha filha, nos meninos e meninas do mundo e fico preocupado e, como sou solicitado insistentemente pelos meus deveres de pai a contar contos de fadas, resolvo fazer uma peça em nome do futuro, que se baseia em contos de fadas. Depois, com os actores, os músicos, o cenógrafo, a figurinista e assistente de encenação, iniciámos um jogo de faz de conta, de reinvenção das histórias de infância, de brincadeira; depois consciencializámos implicações psico-fisícas, apercebemo-nos de uma tessitura social, de uma série de referentes à realidade profunda; concluímos que passamos a vida a viver "filmes", a inventar personagens, que é impossível viver sem "filmes", sem sonhos, sem contos de fadas, e que se calhar hoje em dia o grande problema é passarmos a vida a viver "filmes" de aluguer, "filmes" de encomenda, e a não inventarmos o nosso próprio filme.

E assim, se fez A Menina que foi Avó, a últimas das cinco peças que constituti o PENTATEUCO – Manual de Sobrevivência para o ano 2000." – Carlos J. Pessoa

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